Venho por este meio anunciar uma nova actualização do site http://www.franciscotrindade.com com a introdução de dois novos textos intitulados "Que Nações, Amanhã?" e "Federalismo e Europa das Regiões" Segue-se dois excertos: Que Nações, Amanhã? "Antes de começar a responder a esta questão, seria útil fazer um breve desvio histórico para lembrar algumas grandes linhas da história recente. E Qual pode ser o futuro da nação na hora da mundialização económica, da empresa aparentemente crescente dos sistemas políticos internacionais, dos progressos do individualismo e da comunicação generalizada? Não podemos seguramente responder com certeza a uma tal questão que compromete o mundo e o seu futuro, mas podemos propor hipóteses e confrontar as nossas opiniões sobre este assunto.Queria antes de tudo tentar reduzir a ambição da questão e limitar-me ao futuro próximo; reformularei portanto a interrogação nestes termos: qual será o destino da nação num futuro relativamente previsível, aquele dos primeiros anos do XXI século? E por outro lado, desejo procurar se as hipóteses que tentaremos de esboçar podem encontrar justificativos no pensamento de Proudhon; será que Proudhon nos pode ajudar a formular algumas hipóteses sobre o nosso futuro imediato e sobre o futuro próximo da nação? Notemos, aliás, que Proudhon exerceu este tipo de interrogação perigosa e deu-nos um exemplo de tratamento razoável na sua obra escrita no fim de 1863: “Se os tratados de 1815 deixaram de existir”. Cerca de cinquenta anos após a assinatura dos tratados assinados pela aliança dos três imperadores, da Alemanha, da Rússia e da Áustria, após a queda de Napoleão, Proudhon interroga-se sobre o destino das nações europeias e tenta discernir o futuro. Calcula então que o exame da sua história passada autoriza a formular hipóteses verosímeis sobre o seu futuro. Tentemos portanto imitar a sua ambição. Esta lembrança histórica sublinhará o carácter novo da questão colocada e a novidade da situação que ela evoca. Com efeito, a que é que assistimos desde há meio século a propósito das nações? Não certamente, à sua erosão, ao seu enfraquecimento mas bem pelo contrário à sua afirmação conquistadora, não sem ambiguidade, como veremos de seguida." Federalismo e Europa das Regiões "Numerosos pensadores viam no fim do bloco soviético o fim da História, enquanto remate duma sucessão de conflitos entre colectividades humanas e ponto de partida duma harmonização à escala mundial dos sistemas socio-políticos. Foi um erro. Ao “equilíbrio do terror” nascido da bipolarização do mundo, sucedeu um desequilíbrio que marca hoje a vida internacional e ameaça a paz mundial. Com efeito nos Balcãs, em África e no Médio Oriente, os conflitos internacionais multiplicam-se e a guerra instala-se nestas regiões, o meio mais utilizado para a condução das relações entre Estados. As respostas das Organizações Internacionais que nasceram para impedir este tipo de explosões são insuficientes para impedir o aumento da violência no mundo. Por todo o lado pede-se a intervenção armada dos Estados mais poderosos para forçar os beligerantes a parar de lutar. As discussões multiplicam-se sobre as melhores formas de prevenção de conflitos mas não deixa de ser necessário uma análise profunda destas causas. Os conflitos armados não dependem da concentração maior ou menor de armas que um Estado consegue realizar ou da potência das alianças que chega a assinar, mas são a consequência directa da supremacia da soberania do Estado nação e da sua lógica de acção na vida internacional. O “egoísmo estadista” que não tem em conta os interesses dos outros Estados e dos seus próprios cidadãos, perseguindo a supremacia sobre os outros Estados, mostra hoje os seus limites. A inconciliabilidade entre os interesses dos Estados, à excepção de momentos breves, contribui a criar uma tensão contínua que não encontrando saída através dos canais institucionais, acumulam-se até à explosão, como foi o caso aquando da primeira guerra mundial." É possivel fazer o download integral e gratuito destes dois textos. É minha disposição a partir de agora fazer uma actualização o mais regular possível, digamos de 50 em 50 dias sensivelmente...Empresa que não depende exclusivamente de mim mas fundamentalmente daquele que me acompanha neste empreendimento há já mais de um ano e cujo nome merece ser aqui dito: José Carlos Fortuna e que é o responsável pela feitura técnica e pela apresentação gráfica de todo o site. Numa palavra é aquele que possibilita que os meus textos cheguem até aqueles que mostram interesse em ler-me. É o meu editor virtual...se quiserem com a vantagem de nunca questionar aquilo que quero publicar...ou seja, colocar no site. As novas actualizações a partir de agora serão constantes embora localizadas no site...introduzindo dois ou três novos textos de cada vez...espero que gostem dos ler como eu gostei de os escrever. O tempo é relativo às disponibilidades nele posto. 26 de Novembro de 2001 Francisco Trindade